Os autores Maria Teresinha de Resenes Marcon e
Valesca Menezes Marques fazem um
resgate histórico das Associações de Municípios, apresentando-as como
precursoras na implantação de ações voltadas ao planejamento microrregional na
gestão e na institucionalização de um pacto territorial que congregue os diversos atores na luta pelo
desenvolvimento regional. Fala-se da atuação nos recém-instalados Fóruns de
Desenvolvimento Regional, braços resultantes da ação do associativismo
municipal na fase de aglutinação das forças produtoras da microrregião, cujo
objetivo é a integração. Em
resumo, o agrupamento de municípios formadores de microrregiões das Associações
de Municípios é uma forma de solucionar problemas das municipalidades. Os autores, conforme fundamentam o
raciocínio, apontam que a noção geográfica de região evoca um território,
implica um princípio de organização. O homem organiza o espaço conforme as
necessidades. Uma região tem os
laços existentes entre seus habitantes, sua organização em torno de um centro
dotado de certa autonomia e sua integração funcional em uma economia global
como características principais. O planejamento regional induzido pelo
Estado é incapaz de eliminar a miséria. Novos atores entram em cena. O próprio
conceito de desenvolvimento sofre transformações, porque, passa a ser, agora,
sustentável. Acrescenta-se, a isso, o conceito de pensar e agir regionalmente. As associações de municípios, organizadas
em 21 microrregiões espontâneas, são polarizadas por um centro regional ou
município-pólo. O associativismo
municipal objetiva fortalecer o
município como instituição governamental, conduzindo-o ao exercício de seus
três papéis fundamentais: escola política e de governo, agente promotor do
desenvolvimento econômico e social, e entidade de prestação de serviços
públicos locais. Associações de
municípios catarinenses são entidades com personalidade jurídica de direito
privado, sem fins lucrativos, com duração indeterminada e com estatuto próprio,
aprovado em Assembléia Geral. Há,
na Associação, uma Assembléia Geral (composta por prefeitos, vice-prefeitos e
presidentes de Câmaras Municipais da região), uma Diretoria (composta por três
prefeitos - um como presidente e dois como vice-presidentes – aos quais cabe
desempenhar papel político, sem envolvimento com a parte operacional), o
Conselho Fiscal (composta por três membros efetivos e seus respectivos
suplentes, eleitos pela Assembléia
Geral), a Secretaria Executiva e a Divisão Técnica. Para concluir, descreve-se que a
necessidade da Associação de Município tem de aperfeiçoar o desempenho,
competência e como agente de poder delegado, intensificando a atuação no planejamento urbano e regional.
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